Só pode ser algo mágico, para que ninguém se esqueça da sua primeira vez…
Só pode ser algo mágico, para que ninguém se esqueça da sua primeira vez…
A maioria destas fotos do Benjamin, têm uma linguagem diferente das outras que publiquei – são todas mais antigas. Ele continua a registar a cultura urbana da bicicleta (e não só), e com a sua autorização, vou continuar a colocar aqui as fotos que ele realiza.
Deixei esta foto para o fim, pois é excelente para marcar a posição que já aqui tantas vezes expliquei. O Cycle Chic não tem nada de elitista. Este homem, não se equipou para andar de bicicleta. Simplesmente pegou na bicicleta e usou-a!
Claro que imagens de indigentes, não são as melhores para “vender” a bicicleta. As pessoas não se querem identificar com eles, e não são capazes de se projectar neste exemplo. Daí o recurso mais frequente a imagens de gente elegante, ou pelo menos de gente com quem a maioria das pessoas se possa identificar, ou que se queira projectar nessa imagem. São técnicas de marketing básico. E o Cycle Chic tem como objectivo principal “vender” a bicicleta – digo isto no melhor sentido – no sentido de divulgar a bicicleta entre o público que ainda não pedala, ou pelo menos não faz um uso utilitário. Os maiores críticos do Cycle Chic, encontram-se entre alguns dos entusiastas; entre aqueles para quem a bicicleta, é quase uma religião… ora se a bicicleta é uma religião, chegou a hora de ir “pregar para a rua” pois a “igreja já está cheia de crentes”! Discurso de quem anda de bicicleta para quem anda de bicicleta já há muito… Vamos convencer os outros 99,??% ?
Por fim e mais uma vez, um abraço de agradecimento ao Benjamim.
A Lúcia contactou-me há uns tempos, enviando-me um testemunho muito diferente do usual. Como não tinha fotos, combinámos e eu encontrei-me com ela para que o testemunho fosse “ilustrado”:
Sou ciclista e arquitecta e desloco-me para o trabalho todos os dias de bicicleta.
Vou cheia de pressa e a pedalar,(…) mas testemunho como conciliar roupa ‘normal gira e elegante’ com as 2 rodas a pedal. Tenho feito várias experiências e até já descobri que com um vestido pelo joelho a saia tende a ficar nas pernas e não voa!Enfim, o percurso que faço é algo stressante, logo pela manhã, pois passo pela saída da ponte 25 abril, em Alcântara, vinda da Ajuda, e depois subo a Maria Pia, para Campo de Ourique e Estrela. Passo o largo do Rato e vou para o labor na Castilho.Isto em grande velocidade pelo meio dos carros e ultrapassando tudo e todos que posso. Pois gosto de velocidade e do esforço. E da adrenalina.
ultimamente passei a fazer um trajecto mais tranquilo, para evitar potenciais acidentes que a zona de Alcântara e Largo do Rato potenciam.Tenho ido junto ao rio, pela via ciclável. A única chatice é que nesta zona de Lisboa não há passagens cicláveis para passar as linhas de comboio para o rio, por isso lá tem que ir a bicicleta na mão escadas acima e abaixo.De resto é mais seguro pela via ciclável e mais descontraído. O stress no trabalho já é muito e prefiro evitar sentir stress no trajecto para lá.
O que ela não contou, é que faz BTT de competição há muitos anos – daí o seu gosto por velocidade, esforço e adrenalina. A bicicleta de BTT é a mesma que usa no dia-a-dia, mas confessou que gostava de arranjar algo mais indicado para cidade – até porque o receio de que lha roubem é grande. Viveu em paragens fora de Portugal, onde a bicicleta era um meio de transporte mais comum – e onde é claro, usava a bicicleta diariamente. Já fez e continua a fazer muitas viagens pelo mundo, de bicicleta e não só, registando num blogue a sua paixão pela vida.
E como pedala muito para todo o lado, quase todos os dias pode-se dar ao luxo de ir comer um chocolate ao Claudio Corallo.
E já sabem, quando virem uma rapariga a passar por vocês numa subida, e a deixar-vos com a impressão de estarem parados, provavelmente é ela…
Obrigado Lúcia pelo testemunho!