A Lúcia contactou-me há uns tempos, enviando-me um testemunho muito diferente do usual. Como não tinha fotos, combinámos e eu encontrei-me com ela para que o testemunho fosse “ilustrado”:
Sou ciclista e arquitecta e desloco-me para o trabalho todos os dias de bicicleta.
Vou cheia de pressa e a pedalar,(…) mas testemunho como conciliar roupa ‘normal gira e elegante’ com as 2 rodas a pedal. Tenho feito várias experiências e até já descobri que com um vestido pelo joelho a saia tende a ficar nas pernas e não voa!Enfim, o percurso que faço é algo stressante, logo pela manhã, pois passo pela saída da ponte 25 abril, em Alcântara, vinda da Ajuda, e depois subo a Maria Pia, para Campo de Ourique e Estrela. Passo o largo do Rato e vou para o labor na Castilho.Isto em grande velocidade pelo meio dos carros e ultrapassando tudo e todos que posso. Pois gosto de velocidade e do esforço. E da adrenalina.
ultimamente passei a fazer um trajecto mais tranquilo, para evitar potenciais acidentes que a zona de Alcântara e Largo do Rato potenciam.Tenho ido junto ao rio, pela via ciclável. A única chatice é que nesta zona de Lisboa não há passagens cicláveis para passar as linhas de comboio para o rio, por isso lá tem que ir a bicicleta na mão escadas acima e abaixo.De resto é mais seguro pela via ciclável e mais descontraído. O stress no trabalho já é muito e prefiro evitar sentir stress no trajecto para lá.
O que ela não contou, é que faz BTT de competição há muitos anos – daí o seu gosto por velocidade, esforço e adrenalina. A bicicleta de BTT é a mesma que usa no dia-a-dia, mas confessou que gostava de arranjar algo mais indicado para cidade – até porque o receio de que lha roubem é grande. Viveu em paragens fora de Portugal, onde a bicicleta era um meio de transporte mais comum – e onde é claro, usava a bicicleta diariamente. Já fez e continua a fazer muitas viagens pelo mundo, de bicicleta e não só, registando num blogue a sua paixão pela vida.
E como pedala muito para todo o lado, quase todos os dias pode-se dar ao luxo de ir comer um chocolate ao Claudio Corallo.
E já sabem, quando virem uma rapariga a passar por vocês numa subida, e a deixar-vos com a impressão de estarem parados, provavelmente é ela…
Obrigado Lúcia pelo testemunho!
Boas.
Gostei bastante do post e achei interessante o facto de pedalar de saltos.
Também ando varias vezes de bicicleta agora que estou desempregado, até porque o preço dos combustíveis está insuportável.
Moro na zona de Almada e apesar de optar mais pela bicicleta acho que por vezes é difícil irmos a certos sítios devido ao desnível das estradas e ao facto de ter algum receio que me roubem ou danifiquem a “viatura”.
Já agora o uso de capacete é obrigatório??
bjs e abraços
Olá André, obrigado pelo comentário.
As subidas fazem-se todas… mais devagar, ou até desmontado. Para evitar roubos, nada como seguir as indicações deste video: http://www.youtube.com/watch?v=uD3177-a7UY
Em relação ao capacete, não há qualquer obrigatoriedade no Código da Estrada.
Eheh, que giro. Esta semana vi três vezes a Lúcia a passar na Baixa, suponho que já no novo percurso, porque nunca a tinha visto. (Se tivesse visto, claro que teria reparado, por causa da grande velocidade, sim — e da grande pinta.)
Vi a Lúcia ontem a subir a Rua Garret e depois parte da Rua Serpa Pinto e confirmo que a velocidade com que o fez é bastante impressionante!!
Olá,
Eu também tenho usado saias andando de bicicleta, quando são rodadas ou um pouco acima do joelho, as saias sobem ou levantam, mas como eu já tenho mais de meio século, aproveitei o meu conhecimento das aulas de ginástica de antigamente: uns calções de ginástica por baixo da saia! (era obrigatório e não podíamos usar calças na escola….)
Mesmo quando levantam, estamos compostas, e, (reconheço) torna-se bastante mais fácil pedalar por esta cidade.