Lifecycle – Aveiro

Finalmente um video nacional de promoção da bicicleta com qualidade. Marketing positivo, para gerar mudança na mentalidade nacional:

Lifecycle – Aveiro

bicicleta é vida
um filme de miguel gonçalves mendes

there is neither wrong nor right neither good nor evil
there’s only what you choose to do life is about choice
you choose the road and the destination
but only in the end
will you know where you are and how you got there

aveiro has chosen cycling

realização | director Miguel Gonçalves Mendes
direcção de fotografia | cinematographer Daniel Neves
montagem| | editing Pedro Sousa
grafismo | graphic design Cláudia Oliveira
produção executiva | executive production Daniela Siragusa
produção | production JumpCut
música | music noiserv – “Bontempi” (www.myspace.com/noiserv)

Agora só falta Aveiro ser realmente uma cidade que escolhe a bicicleta!

Bruno Mendes

Conheço o Bruno há muitos anos, desde os tempos em que eu fazia grandes incursões em BTT. Após tantos anos onde só ocasionalmente nos cruzámos, descobri que encomendou e recebeu a sua Brompton ao mesmo tempo do que eu. Aqui fica o relato fotográfico que ele me enviou, do percurso que habitualmente faz para o seu trabalho:

Velo-city Sevilla 2011

Começa na próxima 4ª feira em Sevilha, a edição deste ano da Velo-city, o evento relacionado com a mobilidade ciclável mais importante a nível internacional. No ano anterior, ocorreu em Copenhaga, e foi a primeira edição a ter âmbito mundial (com a designação de Velo-city Global), tendo reunido representantes de mais de  60 países.

Estes eventos são promovidos pela European Cyclists’ Federation (ECF), e organizados em conjunto com as cidades que os recebem. A Velo-city começou em 1980, na cidade de Bremen, com cerca de 300 participantes, e foi o um dos pontos de partida para a fundação da própria ECF, 3 anos depois. Londres (1984), Barcelona (1997) e Paris (2003) foram algumas das cidades que já receberam este evento, embora o mesmo também já tenha ocorrido em cidades mais pequenas, como Groningen (1987) e Basel (1995). Reunindo os mais variados tipos de participantes, desde políticos a activistas, planeadores ou apenas entusiastas, a crescente procura por informação e conhecimento na área da mobilidade ciclável, fez com que a ECF decidisse que a partir de 2010, a conferência passaria a ser anual. No entanto, de dois em dois anos, passou a ter ambito mundial, e em 2012, será a vez de Vancouver, Canadá, a receber o evento.

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Em Outubro passado, desloquei-me a Sevilha para o 8º Congresso Ibérico “A Bicicleta e a Cidade”, onde encontrei uma cidade muito diferente da que conhecia. Esta semana vou voltar lá, e certamente irei mais uma vez, ser surpreendido com algo diferente, pois um evento destes, terá certamente um impacto muito grande na vida da cidade. Estou também muito curioso para a Velo-city em si, de tudo o que vou ouvir e ver por lá. 3 dias para absorver informação, descobrir o que tem sido feito mundo fora, e partilhar ideias com os nossos pares.

Podem ver aqui uma entrevista muito interessante a José Cebrián:

1ª parte – “O Velo-City pode influenciar as políticas comunitárias”

2ª parte – “Portugal é um país interessado na bicicleta”

Testemunhos Cycle Chic (I)

José Santa Clara, foi o primeiro a responder ao meu apelo – um executivo, que se desloca frequentemente de bicicleta em Lisboa. Aqui ficam o texto e a fotografia que me enviou, e que tão bem se enquadram no espírito que aqui temos divulgado:

Há um ano passei numa montra e vi uma bicicleta linda. Preta, pneus gordos brancos, selim de cabedal, guiador enorme e cromado. Tinha que a comprar. Mas não tinha motivo para chegar com mais uma bicicleta a casa, onde já tinha o espaço possível ocupado com duas de adulto e uma de criança.

Descobri a solução; a bicicleta não seria para estar em casa, mas no escritório onde trabalho, na Baixa. E melhor, deixava de ter que decidir se levava a bicicleta de manhã para o escritório, dado que podia precisar do carro durante o dia (o que acontece com frequência); fiz ao contrário – passei a decidir se levava a bicicleta para casa ao fim do dia, com a restrição simples de saber se no dia seguinte de manhã voltava directo para o escritório. O carro, esse passou a dormir nesses dias no parque de estacionamento onde já costumava passar boa parte do dia. Assim fiz; no último ano (comprei a bicicleta em Março de 2010) fiz no mínimo uma ou duas vezes por semana os 18.600m do percurso trabalho-casa-trabalho, usando em pleno a ciclovia ribeirinha. Note-se que não sou daqueles que saiem de casa a acelerar, de capacete e calções, de mochila às costas. A bicicleta não tem mudanças, tem um belo saco de cabedal para as miudesas a transportar; e sou director de empresa, vou trabalhar de casaco, muitas vezes gravata e nunca me
esforço mais do que o necessário para a bicicleta andar a uns confortáveis 1.000m por cada 5 minutos. Vou de manhã pela fresca e volto antes do jantar também pela fresca. É fantástico. Habituei-me e agora quando tenho que usar o carro para entrar ou sair da Baixa e fazer a 24 de Julho a hora de ponta fico desesperado.

Em breve vou mudar de local de trabalho, para mais longe e sem ciclovia, mas acho que já resolvi o meu problema para continuar a andar de bicicleta. Darei depois notícias.

PS – Claro que podia usar os transportes públicos e fazer o mesmo, mas demorava os mesmos 45 minutos e, todos sabemos, não é nada a mesma coisa!

Já agora José, que bela bicicleta tem aí! Como eu o compreendo, ao dizer que não conseguiu resistir quando a viu na montra.

Obrigado pelo seu testemunho!