José Santa Clara, foi o primeiro a responder ao meu apelo – um executivo, que se desloca frequentemente de bicicleta em Lisboa. Aqui ficam o texto e a fotografia que me enviou, e que tão bem se enquadram no espírito que aqui temos divulgado:
Há um ano passei numa montra e vi uma bicicleta linda. Preta, pneus gordos brancos, selim de cabedal, guiador enorme e cromado. Tinha que a comprar. Mas não tinha motivo para chegar com mais uma bicicleta a casa, onde já tinha o espaço possível ocupado com duas de adulto e uma de criança.
Descobri a solução; a bicicleta não seria para estar em casa, mas no escritório onde trabalho, na Baixa. E melhor, deixava de ter que decidir se levava a bicicleta de manhã para o escritório, dado que podia precisar do carro durante o dia (o que acontece com frequência); fiz ao contrário – passei a decidir se levava a bicicleta para casa ao fim do dia, com a restrição simples de saber se no dia seguinte de manhã voltava directo para o escritório. O carro, esse passou a dormir nesses dias no parque de estacionamento onde já costumava passar boa parte do dia. Assim fiz; no último ano (comprei a bicicleta em Março de 2010) fiz no mínimo uma ou duas vezes por semana os 18.600m do percurso trabalho-casa-trabalho, usando em pleno a ciclovia ribeirinha. Note-se que não sou daqueles que saiem de casa a acelerar, de capacete e calções, de mochila às costas. A bicicleta não tem mudanças, tem um belo saco de cabedal para as miudesas a transportar; e sou director de empresa, vou trabalhar de casaco, muitas vezes gravata e nunca me
esforço mais do que o necessário para a bicicleta andar a uns confortáveis 1.000m por cada 5 minutos. Vou de manhã pela fresca e volto antes do jantar também pela fresca. É fantástico. Habituei-me e agora quando tenho que usar o carro para entrar ou sair da Baixa e fazer a 24 de Julho a hora de ponta fico desesperado.
Em breve vou mudar de local de trabalho, para mais longe e sem ciclovia, mas acho que já resolvi o meu problema para continuar a andar de bicicleta. Darei depois notícias.
PS – Claro que podia usar os transportes públicos e fazer o mesmo, mas demorava os mesmos 45 minutos e, todos sabemos, não é nada a mesma coisa!
Já agora José, que bela bicicleta tem aí! Como eu o compreendo, ao dizer que não conseguiu resistir quando a viu na montra.
Obrigado pelo seu testemunho!
Fantástico testemunho José. De facto a bicla é de deixar qualquer um perdido de amores. De notar a bolsinha de cabedal presa ao selim, bem old school, assim como o cuidado da meia por cima da calça. Parabéns.
Muito bem! A bicicleta é de facto linda! Gostei de ler e ver! 🙂
Não há como viver com paixão pelo que se faz… Mas atenção, as meias não estão por fora das calças, são as práticas tornozeleiras da Decathlon.
showbizz! qual é a bicla?
Parabéns!
Uma GANT City Bike.
Que bela montada! 🙂 Muito bonita, mesmo.
É interessante como as bicicletas podem dizer tanto acerca do bom gosto do dono. 😉
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[…] Santa Clara, continua a demanda, para encontrar a melhor solução para a sua mobilidade. Depois do primeiro relato, e de uma adenda, aqui fica mais uma vez, o relato do que mudou no seu […]
caro José Santa Clara, li algures que possui uma If mode.
Pode informar como é que ela se porta nas subidas? É que segundo li só tem 2 mudanças.
Obrigado
Miguel
Tenho uma If Mode, tenho. Porta-se nas subidas, em primeira, quase como uma single-speed; na segunda, em plano, é que se nota que serve para aumentar a velocidade.