Este artigo que o Miguel Barbot escreveu no outro dia, abriu uma saudável discussão em vários locais. Quando o li, identifiquei-me logo com a situação. Sou por princípio, contra a circulação de bicicletas no passeio. Devemos circular na estrada, pois os peões já têm o seu espaço tantas vezes devassado pelo automóvel. Mas infelizmente o espaço urbano está mal desenhado, e há tantas situações em que somos literalmente “expulsos” da estrada, e resta-nos senão o passeio (isto se temos algum instinto de sobrevivência – não só para nos protegermos, mas como refere o Miguel, para proteger os nossos). Ainda piores, são as situações em que nem o passeio existe, ou pelo menos este não tem continuidade – simplesmente porque alguém se esqueceu que há pessoas que não andam de carro para todo o lado!

Mas se vamos para o passeio, devemos desmontar, e levar a bicicleta pela mão. Ou pelo menos circular a velocidade moderada, e se ouver peões (em passeios largos) circular a velocidade de passo. Mas por favor, em passeios estreitos, e principalmente com gente no passeio, desmontem! A convivência pacífica entre todos recomenda-se. Vamos evitar cair na situação que se vive em Inglaterra, principalmente em Londres – há uma guerra aberta entre peões, ciclistas e automobilistas. Acusações, atropelamentos, acidentes, inúmeros casos em tribunal, com os tablóides constantemente a inflamar ainda mais as posições. No próximo dia 19, irá haver um encontro informal, onde esta e outras questões irão ser debatidas. Apareçam!