Há quem entenda que ao colocar o pé no pedal, a única alternativa é desatar a fazer força, e sair por ali à máxima velocidade possível. E depois há quem prefira, com calma e sem qualquer stress, seguir pedalando numa onda mais relaxada, a disfrutar o momento.
Podia era subir o selim.
Lá está, essa é uma preocupação de quem se interessa pelo rendimento – para quem gosta de andar nas calmas, um selim um pouco mais baixo, permite colocar os pés no chão com mais facilidade – sim, a pedalada não é tão eficaz. So what? 😉
Mas, Miguel, a correcta altura do selim não está directamente relacionada com o rendimento. Melhora o rendimento, é certo. Mas melhora a colocação em cima da bicicleta, logo melhora o conforto. Que é o essencial nisto de utilizar a bicicleta como transporte alternativo. Posso andar ainda mais tempo com ainda mais calma… Ou posso andar com mais calma durante mais tempo… 😉 Será o equivalente a corrigires, para a tua altura, a distância do banco do carro até ao volante. É suposto fazeres isso para conduzires com mais conforto e não para conduzires mais depressa. Se o conforto não fosse importante, andávamos todos em bicicletas roda 14, que são das mais baratinhas que existem. Ou de trotineta, pois então… 🙂
Só agora reparei que este teu local de tertúlia permite publicidade a carros. É um pouco dissonante. Percebo que as equipas de ciclismo sejam patrocinadas por marcas de carros e por fabricantes de cigarros. (Agora não o são, mas já o foram. E ninguém pode afirmar que não o sejam novamente.) O ciclismo desportivo pouco ou nada tem a ver com aquilo que aqui se debate. Mas aqui, onde se tenta afirmar a bicicleta não desportista como alternativa ao carro, não me parece correcto tal patrocínio. Até porque não creio que exista o conceito “carro chic”. 🙂
Como diz a expressão inglesa, “Your mileage may vary”. Conheço muita gente, que se sente mais confortável com um selim ligeiramente mais baixo, do que se ele estiver “correctamente” regulado. Nesta bicicleta, dá para perceber que o selim mais baixo, até permite uma posição mais vertical.
Tal como no carro, há quem goste de conduzir com os braços esticados, e quem goste de conduzir com os braços encolhidos, por ex.
Rendimento, não significa apenas velocidade e por isso volto a dizer: isto são questões de quem se preocupa com o rendimento.
Quanto à publicidade – o Google dirige os anuncios que aqui coloca de acordo com as preferências de cada utilizador… quem se interessa por automóveis, terá mais probabilidade de ver anúncios aos mesmos. Já pensei em eliminar por completo estes anúncios, já que o pouco que rendem, serve apenas para pagar o domínio e o alojamento. Mas por enquanto vai ficando…
Miguel, essa parte dos anúncios do google não cola muito, a meu ver. É claro que te assiste ter publicidade, se rende, nem que seja pouco. Não é isso que está em causa, teres publicidade ou não no teu espaço não condiciona a minha visita ao teu “cantinho”. Mas duvido que ela se deva a preferências do utilizador. Se o argumento é esse, então é um argumento falacioso. Nunca procurei carros, nem qualquer referência seja que fôr aos ditos. Mais de metade dos meus marcadores são de páginas cujo assunto é a bicicleta, sejam desportivas ou utilitárias. Resumindo: a guardarem os meus dados e preferências nalgum sítio (que deve existir, não tenho dúvidas), é difícil conceber que alguém, baseado nesses dados, decida que o carro é um dos meus interesses. Se o google utiliza esse argumento, é uma fraude.
Pronto, Miguel, tens razão. Ele até pode conduzir sem selim, desde que goste da sensação.