Há muito que a mata do Estádio Nacional é procurada por muitos para a prática de BTT. Mas felizmente a bicicleta é cada vez mais, uma escolha para quem quer simplesmente passear. Uns aventuram-se na estrada… mas a maioria das pessoas, está longe de se sentir segura nesse ambiente, e se muitos escolhem as ciclovias, alguns vã para parques ou outros locais onde os automóveis se mantêm distantes. O Estádio Nacional tornou-se assim num destino comum para quem quer apenas dar umas pedaladas descontraídas – e para quem vem de Algés ou de Paço de Arcos, consegue já ter grande parte do percurso também ele separado do tráfego automóvel.
Para as crianças pedalarem, só mesmo em zonas controladas – a acalmia de tráfego poderá resolver algumas situações, mas em muitos locais a opção de andar na estrada para os mais pequenos está fora da equação. Nestes casos as ciclovias poderão ser uma das soluções, mas só quando as mesmas são bem desenhadas – principalmente nos cruzamentos.
A infraestrutura faz falta, mas nunca será a solução única para que a a bicicleta seja eleita por mais gente, não só para o lazer mas também como meio de transporte. Alterações na legislação, acalmia de tráfego, redesenho do espaço urbano a pensar mais nas pessoas, etc, são tudo partes de um processo nada fácil – sem umas, dificilmente as outras terão os resultados esperados. Acima de tudo é necessária uma grande mudança de mentalidades, retirando o automóvel do “lugar especial” que ainda hoje ocupa na cabeça (e no coração) de tanta gente. O resultado não será apenas mais gente a andar de bicicleta – isso virá por acréscimo. O grande resultado serão cidades, vilas e lugares mais humanos, mais saudáveis, onde se vive melhor.