Lisboa Cycle Chic

Confesso que quando pensei em arrancar com este projecto, duas dúvidas me assolaram: Lisboa ou Lisbon Cycle Chic, e escrever no blog em Português ou em Inglês.

Se no primeiro caso optei pela versão Lisbon, foi por motivos de imagem, coerência e identificação – a ideia era importar o conceito do blog original de Copenhaga. Durante todo o processo de criação do blog, mantive contacto com o Mikael Colville-Adersen, para que tudo corresse da melhor forma.

Já a opção de escrever em Português, prendeu-se a outro motivo. Escrevendo em Inglês, estaria certamente a abrir a possibilidade de ter mais sucesso mundo fora. Mas o meu intuito de criar este blog, nunca foi o de ter muitos leitores, mas sim, divulgar ao máximo o conceito “cycle chic” em Portugal. E para isso, a língua de Camões chegará certamente a mais Portugueses do que a de Shakespeare. Para divulgar o conceito mundo fora, já existe o Copenhagen Cycle Chic.

Mas antes de criar este blog, e a respectiva página no Facebook, o Rui Simão criou um grupo também no Facebook, chamado Lisboa Cycle Chic – algo mais informal e sem qualquer ligação com o blog original – salvo seja, o nome “cycle chic”. Como grupo aberto que é, recebe contribuições de qualquer pessoa que queira participar. O resultado, melhor ou pior, é diferente do que aqui se vê por estas paragens. Aqui ficam umas tantas imagens retiradas* de lá:

* as imagens estão ligadas directamente do Facebook, sem qualquer edição da minha parte.

3 Respostas a “Lisboa Cycle Chic

  1. (Ninja) Raquel diz:

    Olá!

    Fui à Dinamarca há dois anos atrás e tive uma epifania ao ver o estilo de vida deles. Inspirada, hoje em dia utilizo a minha bicicleta quase todos os dias para ir trabalhar.

    Não se pode dizer que é fácil, já que moro no Seixal e trabalho perto de Algés, pelo que tenho que pedalar 6 km, apanhar o barco, sair no cais do sodré, apanhar o comboio e pedalar mais um pouco até chegar ao meu destino (e depois tudo ao contrário na volta). Não há ciclovias, nem o barco nem o comboio têm sítio para transportar bicicletas e para validar o bilhete/passe tenho que usar o “guichet” dos deficientes motores, que no caso do barco tem que ser activado pelos seguranças (já cheguei a perder o barco à espera que alguém me abrisse o guichet).

    Para além de zero infraestruturas, os automobilistas são agressivos e mesmo as pessoas que encontro nos transportes públicos são desagradáveis, já tive que lidar com várias pessoas a torcerem o nariz por eu “ousar” estar de bicicleta num comboio (mas desconfio que é por se sentirem mal ao observarem uma jovem de 25 anos com 1.75metros meio loira a olhá-las de cima de uma bicicleta com um sorriso na cara)!

    Quase nunca encontro ciclistas e quando os vejo são os guerreiros de spandex suados a fazerem razias aos peões e aos carros.

    Portanto sinto-me frustada e incompreendida, mas a satisfação de pedalar pelo fresco da manhã, de deslizar até casa à tarde, de saber que faço a diferença e que vou contra todos os comodismos e preconceitos retrógadas vence todos os obstáculos.

    Cyclechic all the way!

  2. Miguel diz:

    Olá Raquel… Fico feliz sempre que ouço relatos como o teu. A minha mudança de estilo de vida, foi muito mais progressiva, demorou muitos anos, mas “cá cheguei”. Quanto às dificuldades, acredita que já foi bem pior… aos poucos as coisas têm mudado – estamos cá para que mudem mais depressa! (pensa que há poucos anos atrás, pagava-se mais pelo transporte da bicicleta do que pelo nosso bilhete.)

    Vou ficar atento, pois um dia destes ainda te apanho por estas paragens (Algés). Uma “jovem de 25 anos com 1.75metros meio loira” certamente ficará bem numa fotografia… ainda mais se for de bicicleta! 😉

  3. (Ninja) Raquel diz:

    Bem, então fica a promessa de futuras contribuições fotográficas

    😉

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