… mas isso não quer dizer que as vossas bicicletas fiquem em casa. Os nossos amigos de València, fizeram este video para mostrar que mesmo com chuva, se pode andar de bicicleta!
Testemunhos Cycle Chic (VII)
Os contributos continuam a chegar à nossa caixa do correio, e desta vez veio um do outro lado do Tejo.
O meu nome é Ana, tenho 28 anos e moro no Barreiro. Só aprendi a andar de bicicleta com 21 anos e foi através de muita força de vontade e alguns amigos pacientes. Neste momento utilizo a minha bicicleta no dia-a-dia, para me movimentar na cidade onde moro e também na deslocação para a minha escola, em Lisboa. O percurso é suave, demoro praticamente metade do tempo já para não falar na comodidade de não ter de esperar pelos transportes. 🙂
Transporto a bicicleta no barco, gratuitamente.
A minha bicicleta foi comprada em segunda mão, mas praticamente nova, em Junho deste ano. É uma Orbita Strada, com quadro de senhora, que era cinzenta e que eu pintei de cor de rosa suave. O cestinho também era de metal e eu customizei-o à minha vontade. Agora as senhoras idosas que passam por mim na rua batem-me palmas, é giro…
Faço percursos suaves, infelizmente não tenho muita resistência física e certas subidas são impraticáveis, pelo menos para já. Quando recomecei a andar, em Junho, estava muito receosa, mas hoje em dia já consigo pedalar em relativa paz no meio do trânsito. Sinto que o facto de ser rapariga também ajuda, os condutores são mais cautelosos.
Para facilitar na questão das subidas, espero em breve ‘quitar’ a minha bicla com um kit eléctrico. Participei há um mês numa demonstração de bicicletas eléctricas e, embora desconfiasse de início, percebi que é uma grande mais-valia na questão do conforto. Não sou fundamentalista nestas questões e acho que, se alguma coisa potencia o conforto e me permite não pensar nos percursos, é uma coisa boa. Acabaria também a utilizar muito mais a bicicleta, não tendo o transtorno de antecipar caminhos e situações de ter de transportar carga mais pesada.
Na questão do vestuário, concordo com a filosofia Cycle Chic: não é necessário andar de lycra e com camisolas amarelas para se andar de bicicleta num esquema diário. Aliás, nos países que têm fortes tradições de bicicletas, é costume verem-se os executivos de fato a deslocarem-se normalmente. Por isso, se funciona para eles…
Eu visto-me normalmente e até acho mais prático andar de saltos altos na bicicleta porque, surpreendentemente, ajuda a prender melhor o pedal. Para além de que não esforço tanto os pés a andar. 😉
Quero felicitar-vos pelo blog e pelo movimento! É uma grande iniciativa e uma maneira engraçada de se mudar a consciência das pessoas e também o estereótipo do ciclista.
Obrigada e até breve! 😉
Além deste testemunho, a Ana juntou ainda 3 belas fotografias. Fantásticas mesmo:
Obrigado Ana!
Quanto aos nossos estimados leitores, fico à espera dos vossos testemunhos… já viram que é fácil fazer, além de ser inspirador para os outros!
Ben Watts shoots Girls On Bikes
Quando se vêem produções destas com bicicletas, sabemos com certeza, que a máquina mais eficiente alguma vez inventada pelo homem, está a regressar em força. Automóveis superdesportivos? So last century…
O fotógrafo Inglês Ben Watts, numa sessão para a revista Treats! – raparigas giras, com pouca roupa, música animada, muita diversão… numa altura em que tudo parece tão cinzento, um rasgo de cor para trazer alguma animação.
Poderia se dizer que isto é um post com bolinha no canto… mas nos dias de hoje parece-me despropositado, quando a nudez é algo tão natural. Afinal de contas, trata-se apenas de beleza corporal, algo que já na grécia antiga se exaltava.
No mais recente passeio ribeirinho
Com a conclusão da obra do Centro de Investigação para o Desconhecido, este troço do passeio (que ainda assim, não está todo concluído), começou a ser procurado por muita gente… a pé e de bicicleta, claro!
(Sim, este passeio já existia muito antes da construção deste edifício… mas tinha muito menos gente)
Pedalar sem ajuda
Gosto sempre quando vejo gente mais velha a andar de bicicleta – não é propriamente um casal de idosos. Não são novos, é certo, mas o que me chama mais à atenção, para além de terem aproveitado o sol para irem passear junto ao rio, é a bengala que o senhor leva na bicicleta. Certamente precisa dela para andar a pé, mas para pedalar não! A bicicleta é sem dúvida uma invenção genial. Mikael Coleville-Andersen há uns tempos escreveu sobre isto. Hoje fica aqui um exemplo em Lisboa. E são exemplos destes que nos dão ainda mais força!