Foi assim que eu vi o Festival da Bicicleta Solidária. Os números da organização falam em cerca de 800 participantes, e o que eu assisti no Domingo passado, foi a uma verdadeira festa de todos os tipos de bicicletas e utilizadores de bicicletas. Numa altura em que a nossa sociedade padece de “umbiguismo” onde cada um só se preocupa consigo, e com a sua maneira de ver/fazer as coisas, é bom saber que há quem se preocupe mais em juntar do que em separar – a bicicleta é um veículo democrático, que aproxima e não deve servir para separar. O apelo à solidariedade, permitiu angariar quase 1 tonelada de bens, que reverteram para a Legião da Boa Vontade.
O dia esteve fantástico, e apesar do frio que se fazia sentir ao início da manhã, o espírito vivido neste festival foi suficiente para aquecer os ânimos – e com uma ajuda do sol, ainda foi melhor!
Quero deixar um agradecimento a todos os que se juntaram a esta iniciativa da FPCUB. Niguém ficou indiferente aos grupos de gente que vieram de vários locais do país, para nos mostrar a suas bicicletas antigas
Novos ou velhos, a grande maioria veio vestido a rigor – uma espécie de “Tweed Ride” à portuguesa
A Kumpania Algazarra ajudou a animar a festa, e ninguém ficou indiferente à música animada que eles trouxeram para a rua.
A Cicloficina marcou presença, ajudando a resolver os problemas mecânicos das bicicletas a muita gente.
E certas imagens, se não fosse a paisagem, poderiam dar a entender ter sido fotografadas noutras paragens mais a norte na Europa.
José Manuel Caetano, em grande pose, e a Diana Salavisa (vencedora do concurso do cartaz para o encontro das bicicletas clássicas) com a sua bicicleta nova.
O passeio foi curto, animado e mais uma vez deu para mostrar que Lisboa é mais que ciclável – mesmo para quem raramente anda de bicicleta. Ao subir a Av. da Liberdade, uma das jovens raparigas que participou no evento com uma pasteleira bem velhinha, sem mudanças e vestida a rigôr, conseguiu completar a subida apesar das adversidades.
Na bicicleta conseguimos sempre transportar muita coisa… já a escolha daquilo que se leva, é que é de cada um: