Marquês Down Tunnel

Na passada noite de 21 para 22, integrado nas actividades do Dia Mundial Sem Carros, o famoso túnel do Marquês (o local mais poluído de Portugal), foi encerrado ao trânsito, e aberto a veículos sem motor – skates, patins, trotinetes… e claro bicicletas! No site da associação que organizou o evento, a Ideia Veloz (em colaboração com a CML), podia-se ler:

Acreditamos que há outras formas de nos movermos nos meios urbanos.
Acreditamos que é possível usar meios de transporte mais ecológicos.
Acreditamos que uma vida em Lisboa mais calma, limpa e sustentável é possível.

Foi uma noite com um feeling especial… muito boa disposição e adrenalina de sobra (não esquecer que o túnel, tem uma secção cuja inclinação é de 9%). Foi uma noite de pura diversão, onde as culturas e subculturas urbanas se reuniram numa festa. Não ouve conflitos, não houve acidentes graves – apenas muita gente a celebrar de uma forma diferente.

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O António Cruz, esteve lá com o seu sempre fantástico Sound System a animar as hostes (tenho mesmo de melhorar o meu – além de tocar baixinho, a meio da noite já não tinha baterias). Valeu-lhe o prémio do “eco-veículo mais original”. Um dia em grande para o António, que à tarde já tinha sido galardoado com um Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” da FPCUB.

No final, depois de já ter descido duas vezes com o meu “autocarro” a velocidades que o Radar não deixaria passar impunes (ooops), fiz a descida com muita calma, e acompanhado por mais gente, numa de style over speed. A filmagem não é grande coisa, mas dá para ter uma (muito pequena) ideia do ambiente que por lá se vivia:

… é p’ro menino, e p’ra menina!

No outro dia em Carcavelos, fui surpreendido ao ver este casal montado em bicicletas Electra. E não, apesar do nome, não são eléctricas – tratam-se de bicicletas com uma postura diferente das que estamos habituados a ver. Tem uma posição de condução bastante descontraída, manifestamente orientadas para pedalar com calma e sem stress. Não é frequente encontrar estes modelos por cá, mas aos poucos acredito que irão tornar-se mais comuns.