Mais uma excelente contribuição do Nelson (obrigado!)
O frio
Campo Grande
Enquanto o ano arranca devagar aqui no blogue, deixo-vos com uma fotografia do meu amigo Fernando já com algum tempo, mas nem por isso menos espetacular.
Cada vez há mais gente a pedalar nas ruas de Lisboa, e era bom ter mais contribuições… nem que seja para variar… enquanto ninguém se chega à frente para o repto que lancei (relembro que procuro uma perspectiva femina), pelo menos enviem-me contribuições vossas para publicar. Obrigado, e até já!
Feliz 2015
Ao chegar o novo ano, olhamos sempre para trás. Este ano foi sem dúvida muito mais calmo aqui pelo blogue. Alguns saberão que tenho andado ocupado com inúmeras outras iniciativas – quase todas relacionadas com a bicicleta. A falta de tempo, associada a algum cansaço traduziu-se em muito menos artigos que nos anos anteriores. Já aqui lancei o repto, mas fica novamente: gostava de ter mais alguém para colaborar na publicação de fotografias. Como já sou “um”, preferia ter a perspectiva de “uma”, ou seja, um olhar no feminino sobre a cultura da bicicleta na cidade de Lisboa. Não ofereço nada a não ser este espaço para publicar, mas também não peço muito. Se tens o mínimo jeito para a fotografia, gostas de bicicletas e achas que consegues publicar um artigo ou outro de vez em quando… de que estás à espera? Lisboa precisa de um olhar feminino que revele esta nova cultura que está a crescer.
Até já…
Amesterdão em Lisboa
Há umas semanas atrás (dia 14 de Novembro), esteve cá em Lisboa uma delegação de jovens técnicos do município de Amesterdão. A cidade tem a boa prática de os enviar a outros países para conhecerem outras experiências e adquirirem conhecimentos e práticas novas, enriquecendo assim a sua equipa. Por cá, o município recebeu-os e de entre as várias actividades, organizaram uma visita a alguns locais integrados na estrutura verde e na rede ciclável. O meio de transporte escolhido, claro, foi a bicicleta – o Duarte Mata (CML) convidou-me para que os acompanhasse, e solicitaram o apoio da FPCUB, que não só fez diligências para que fossem emprestadas mais algumas bicicletas que estavam em falta (cortesia da Scott), bem como a empresa 2-Rodas esteve presente e nos deu assistência mecânica durante todo o percurso.
Foi surpreendente ver um grupo de gente tão bem disposta, habituadíssimos a pedalar todos os dias, a percorrer as ciclovias de Lisboa sem qualquer constrangimento. Um cenário pouco habitual, com engarrafamentos de bicicleta nas estreitas ciclovias que para já dispomos.
A boa disposição como já referi, foi uma constante… mesmo com uma colisão aparatosa entre alguns deles (ninguém se magoou), com algumas avarias nas bicicletas mais antigas, furos e mesmo alguma chuva (e uma subida valente) no fim, mantiveram sempre um espírito animado e bem disposto. Aliás, em relação a estas duas “dificuldades” (chuva e subidas) tive umas conversas giras com alguns deles.
Quando lhes disse que no final íamos ter uma subida valente (do Corte Inglês pela ciclovia até ao alto do Parque Eduardo VII), responderam-me logo: “óptimo, assim é muito mais divertido… tudo plano é uma seca”.
Perguntaram-me porque quase não nos tínhamos cruzado com ninguém de bicicleta. Expliquei que no dia anterior tinha chovido muito, e que nessa manhã também estava a chover um pouco, e com isso as pessoas refreavam-se de pedalar. Resposta imediata: “Mas porquê? Estes são os melhores dias!!!”
Uma passagem rápida pela Universidade de Lisboa, que tinha acabado de ter a vitória da sua proposta no Orçamento Participativo (percursos cicláveis entre os diversos polos da universidade).
Antes da subida, uma paragem rápida no Velocité Café. Mais uma vez ficaram surpreendidos com este conceito… para eles, o normal é haver de um lado lojas de bicicletas, de outro cafés e restaurantes! Ninguém se lembrava de ter visto alguma vez uma combinação das duas coisas.
Quando começámos a subir, a chuva começou a cair… Nem uma coisa nem outra foram problema para eles. Não só subiram todos a uma velocidade impressionante, como assim que começaram a cair as primeiras pingas, à boa maneira holandesa, quem tinha chapéu de chuva fez logo uso dele!!
Já no fim, queriam levar o Luís Oliveira da 2-Rodas de volta com eles para Amesterdão: nunca tinham visto um mecânico tão rápido e eficaz na vida!