Há 2 semanas decorreu o Fórum da Biodiversidade, integrado no Greenfest de Cascais. Uma das sessões foi dedicada aos corredores verdes e mobilidade suave. Houve várias apresentações como a do Duarte Mata e do José Carlos Mota, que falaram do que tem sido feito em Lisboa e do projecto Cicloria respectivamente. Também vi uma apresentação de um dos responsáveis pelo plano de ciclovias de Barcelona (o Joan Valls, que foi meu anfitrião em Junho passado), bem como uma sobre a importância dos sistemas de bicicletas partilhadas, pela Soledad Moreno, que já tinha conhecido em Sevilha. A Soledad já conhecia Lisboa, mas apenas a zona histórica, e quis conhecer a parte mais recente da cidade. Assim combinámos, o José Manuel Caetano emprestou-lhe a sua bicicleta, e ficámos de nos encontrar no dia seguinte no Cais do Sodré.
Especialista em mobilidade sustentável, não tem carta de condução e desloca-se quase sempre ou de bicicleta, ou de Transportes Públicos. Fizemos um percurso simples, pela Baixa até ao Marquês, seguindo depois até ao Saldanha. Pelo caminho foi descobrindo os problemas com que lidamos, mas ao se começar a subir a Av. da Liberdade é que as coisas começaram a piorar e ficou pasmada com algo tão absurdo e simples como a impossibilidade de um deficiente se poder deslocar sem obstáculos frequentes. Ou com a impunidade do estacionamento caótico, abusivo e ilegal. Ou a completa falta de consideração pela pedonalidade. Ao nos aproximarmos das Av. Novas, este caos começa a atingir proporções mais graves, que a deixaram bastante incrédula.
Ficou surpreendida com uma Lisboa que afinal é bastante plana, mas que precisa de muito trabalho para se tornar mais “humana”… Como ela referiu, a complexidade do que nós temos, teria de ser resolvido com um misto de soluções para transformação do espaço público.
Já no Saldanha o grupo aumentou e no Campo Grande, gostou bastante da ciclovia aí existente… até chegar ao primeiro cruzamento – um atravessamento complexo, com muitas esperas nos semáforos. Como estava bem entregue (e devido a compromissos profissionais), já não a acompanhei no resto do passeio.
Quanto à Soledad, como regular utilizadora da bicicleta, sabe que para se andar de bicicleta, não precisamos de equipamento especial, e que podemos manter o estilo… sem dúvida, a mostrar-nos o que é Cycle Chic!
Besoo grande! Rody desde Buenos Aires.
Hermosa Página Soledad, Felicitaciones y muchos cariños!
Ontem apanhei o metro no Oriente e andei de bicicleta na zona do Rato, Príncipe Real, Av. da Liberdade e Saldanha. Apesar de me ter sabido mutíssimo bem, encontrei inúmeros obstáculos: passadeiras sem qualquer desnível, buracos por todo o lado e uma série de estações de metro sem elevadores nem escadas rolantes para descer a partir da superfície. E ciclovias zero. Confesso que não me senti lá muito segura…
es muy alucinante uno que anda todo el dia en bici se da cuenta en todo lugar del planeta las deficiencias del sistema inhumano! adelante con el cambio de estilo de vida !!!maria laura moreno